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8. Brasil

Natureza de sabores

Na culinária do Brasil, encontramos alegria, combinações surpreendentes e sabores particulares aliados a pratos com influências de outros povos e continentes. É o caso da farofa, genuinamente brasileira, coadjuvante de inúmeros pratos regionais. Simples, com ovos, com bananas, misturada com feijão, colorida pelo dendê, perfumada pelo coentro e a salsa, molhadinha com manteiga ou misturada ao toucinho ou carne-seca desfiada.

A flora brasileira é outra fonte inesgotável de surpresas. A lista de manjares da natureza é enorme. Nas saladas, ou saboreado isoladamente, o palmito é iguaria apreciada por todos nós e surpreendente para todos os estrangeiros.

A culinária brasileira abre as portas para um mundo ilimitado de criações, em que sabores e aromas se cruzam em todo tipo de pratos, resultando em sobremesas, risotos, ensopados de carne ou moquecas de peixe. São preparações em que a polpa do tamarindo, o pequi, o cupuaçu, as castanhas de caju e castanhas-do-pará assadas se combinam com harmonia. Outras em que o cará, a mandioquinha, o fubá surpreendem em apresentações modernas e elegantes.

Mas um país com quase 7.500 quilômetros de litoral e inúmeros rios e lagoas pode se orgulhar de muito mais: camarões de muitos tipos, lagostas, cavaquinhas, lagostins. Há também os caranguejos de mar e dos mangues, os siris, os mariscos e ostras. Têm presença marcante peixes como a cavala, a tainha, o peixe-espada, o namorado, a garoupa entre outros.

Quando se fala de peixes no Brasil, é importante lembrar os inúmeros exemplares dos rios. Estima-se que, só na Amazônia, existam mais de 2.000 espécies diferentes, notadamente o pirarucu, o tambaqui e o surubim. Do tambaqui é importante dizer que sua carne emana o sabor e o aroma das frutas de que se alimenta.

Igual destaque merecem os rios do Centro-Oeste, com suas espécies características como o curimbatá, o dourado, o pacu, maravilhosos quando assados envoltos em folha de bananeira, com sal grosso e servidos com molho de pimentões, tomates, cebolas e pimentas-de-cheiro, é claro.

As moquecas são, talvez, os pratos mais representativos da cozinha à beira do mar. Do Espírito Santo, a famosa "moqueca capixaba", feita na panela de barro e sempre acompanhada de farofa, a moqueca de siri-mole, da Bahia, a moqueca de tainhas, de Santa Catarina e tantas outras.

Desde a chegada dos portugueses, esta terra vive uma permanente influência de culturas. Iniciando-se na recíproca assimilação entre índios e portugueses, logo recebeu a enorme contribuição dos irmãos africanos. Nos séculos 19 e 20, chegam os imigrantes europeus e orientais. E, de repente, a polenta, o macarrão, as frituras, os embutidos, novas frutas e legumes se fizeram brasileiros.

Nenhum outro país reúne um número tão grande de churrascarias e de churrasqueiras domésticas. O espetáculo do "rodízio de carnes" só é visto nesta terra. Reservamos para a feijoada o título de "Prato Nacional". Acompanhada pelo arroz, outra instituição nacional --cada brasileiro consome 60 quilos em média, anualmente.